sexta-feira, 19 de dezembro de 2008


"... ando por ai querendo te encontrar em cada esquina paro, em cada olhar..."

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

silêncio surdo



"Cansa sentir quando se pensa.
No ar da noite a madrugar
Há uma solidão imensa
Que tem por corpo o frio do ar.
Neste momento insone e triste
Em que não sei quem hei de ser,
Pesa-me o informe real que existe
Na noite antes de amanhecer.
Tudo isto me parece tudo.
E é uma noite a ter um fim
Um negro astral silêncio surdo
E não poder viver assim.
(Tudo isto me parece tudo.
Mas noite, frio, negror sem fim,
Mundo mudo, silêncio mudo
- Ah, nada é isto, nada é assim!)"




In Cancioneiro
Fernando Pessoa

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Cativa-me


"- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
-
Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar. "


Principezinho, Antoine de Sain-Exupéry

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

HUM?


HUM!?...

Publicidade a Cabelos Pantene ou Coca-cola!!!
Bora Lá cambada a votos...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Existência


"Foi logo em pequeno que percebeu que a vida era uma estrada incerta, repleta de cruzamentos, bifurcações, pontes, túneis e becos, e que cada caminho encerrava um sem-número de mistérios, de segredos por desvendar e de enigmas por decifrar. Animado por uma curiosidade persistente e estimulado por uma inteligência viva e intuitiva, cedo começou a suspeitar de que o mundo era um sitio estranho, um enorme palco de ilusões, traiçoeiro e dissimulado, um dúplice jogo de espelhos onde tudo parecia caótico mas se revelava afinal ordenado, onde as coisas tinham certamente um sentido, mas não necessariamente um significado. Pressentiu, alias, que era precisamente na existência de um significado que principiava o enigma do significado da existência."


In A Filha do Capitão
José Rodrigues dos Santos

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Cris


Entre pausas nestas folhas quadriculadas, troco uma ou outra mensagem contigo.
Disseste somente:
"Continua a escrever."
Uma simples mensagem, que para mim significou muito... Ela veio carregada de incentivo, amizade, compreensão... companheirismo...

Obrigada Cris, espero que gostes das minhas pinceladas... E que mantenhas este estado ZEN. :)
p.s.- SAUDADES TUAS. VAMOS PARA A ILHA!?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Açoreana


Podem confiar em MIM para qualquer imprevisto no seu dia-a-dia...

Com a Açoreana está tudo seguro!

:)

domingo, 7 de dezembro de 2008

espero, voltas?


Vou sentar-me e esperar.
Talvez volte.
Cansei de procurar.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Mudança

Fartei!!!
Sai daquele mar imenso.
Pisei terra firme. Peguei nos pincéis, nas tintas.
Olhei para as paredes brancas e decidi pintar.
Atirei pinceladas que me trouxeram alegria, novo olhar.
Cores que tocaram a alma e fizeram-me dizer:
"Não escrevi, Pintei!!!"
Vou fazer de palavras pequenas pinturas, emoldurá-las e dá-las a conhecer.



p.s.- Adoro mudanças. :)

"Estou cansado"

"Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa. "
Álvaro de Campos