terça-feira, 29 de abril de 2008

Direcções


E aqui estou eu... A navegar neste mar.
Navego em sentido contrário, sei que não estou certa. Mas contínuo...
Contínuo a navegar nesta direcção, já virei o barco, estou encharcada, tenho frio, estou gelada.
Essa viagem está a ficar mais complicada.
Mas contínuo a navergar.
Sigo viagem, entre monstros, entre ondas que teimam em me derrubar...
Agora... Gostava de navegar na direcção correcta.
Aquela direcção que por mais conturbada que seja, sei que me levará a um Porto de abrigo.
Será que agora posso mudar de direcção?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ten things I hate about you

"I hate the way you talk to me and the way you cut your hair.
I hate the way you drive my car.
I hate it when you stare.
I hate your big dumb combat boots and the way you read my mind.
I hate you so much it makes me sick.
It even makes me rhyme.I hate the way you're always right.
I hate it when you lie.
I hate it when you make me laugh. Even worse when you make me cry.
I hate it that you're not around and the fact that you didn't call.
But mostly I hate the way I don't hate you. Not even close, not even a little bit, not even at all."

quarta-feira, 16 de abril de 2008

...


I just need to have fun, smile again.

domingo, 13 de abril de 2008

Danço

Imagem: Filipa Rodrigues (Aveiro)

Foi no dia que tentaste agarrar algo que não poderia ser teu que perdeste o chão e a varanda que guardam os nossos segredos, que sussurram às paredes o que não tiveste e o que perdeste…Ainda te ouço e te sonho… ainda te questiono por onde foste e porque foste… ainda interrompo o tempo e o espaço para que possas voltar e responder.
Ainda grito desejos em silêncio para não te perder… Ainda faço projectos para destruir os espaços que criaste e que nos separam.
E agora… Pinto as palavras que escreveste um dia, leio as pegadas que deixaste no chão, ouço as gargalhadas infindáveis que um dia admirei e danço sobre letras soltas que construo no chão que já não pisas...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Natureza Mágica

Nesses dias em que a chuva cai devagar, e o vento teima em assobiar cada vez mais alto. O meu pensamento percorre as ruas da ilha, contornando cada curva com uma risada, ou a cantarolar determinada música. Percorrer a Ilha, parar em Lagoas, descer Ribeiras, subir montanhas, contemplar a vista em miradouros, procurar a gastronomia de determinado local. E quando exploramos ribeiras com maravilhosos momentos de rappel, onde a adrenalina sobe o medo reside numa casa distante. Hum, e quando a chuva lá caí, ganha um outro cheiro, mistura-se com a terra, e lá ficamos, debaixo de um alpendre entre risadas… Quero me calar perante o silêncio, sentir a tranquilidade da Ilha… Ir com as ondas daquele mar, afundar os pés na areia preta, sentir uma leve brisa na cara, navegar naquele mar à procura de cachalotes e golfinhos. Quero chegar ao final, quando o sol já adormece para dar lugar à lua, e entrar nas aguás quentes que lá existem, tendo como plano de fundo um céu escuro replecto de estrelas e uma lua fantástica.
Açores, Natureza Mágica.

domingo, 6 de abril de 2008

Esperar algo em troca...

“Gosto de dar sem esperar nada em troca”…
Peço desculpa, mas quem diz semelhante frase está simplesmente a frasear uma grande treta. Nem sincero está a ser…
Só a usamos porque é de bom tom, porque fica bem…
Quem é que gosta de dar um sentimento e não ser correspondido!?
Quem é que gosta de dizer um “gosto de ti”, e não ter resposta!?
Quem é que gosta de dizer “tenho saudades tuas”, e a outra pessoa continuar muda!?
Quem é que gosta de sorrir para alguém e obter uma má cara desse alguém!?
Quem é que gosta de escrever para alguém e não obter resposta!?
Quem!?
Ninguém, por isso ficamos sempre à espera de algo…
Damos, porque queremos ser correspondidos...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

passageiro

Imagem: Marco Silva


Sinto o meu pensamento a adormecer… lentamente.
E eu a deixar-me levar pelo vazio que se apodera de mim.
Não sinto nem revolta, nem paz, nem alegria, nem tristeza.
Por isso o que escrevo está ausente de sentimento.

É uma ausência passageira. Tal como estas nuvens e este calor.
Tudo é uma ausência passageira.
Até a simples presença se torna momentânea.